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A coluna vertebral, ou espinha, pode ser dividida em três secções principais:
  • a coluna cervical permite-nos rodar a cabeça,
  • a coluna torácica funciona com as costelas para desempenhar um papel importante na respiração, em particular,
  • a coluna lombar é maioritariamente usada para a flexão e extensão do torso.
As vértebras estão separadas umas das outras por discos intervertebrais compostos por um anel fibroso que rodeia um núcleo viscoso. Estes discos atuam como amortecedores. As cargas suportadas por estes discos variam bastante consoante a posição e o esforço feito.

Os efeitos do stress também se concentram na coluna.

Indicações

As lesões nos discos vertebrais são degenerativas ou traumáticas na sua origem. A decisão de tratar e o tipo de tratamento dependem, primeiramente, da deficiência funcional. O primeiro tratamento deve ser sempre médico, baseado em fisioterapia, descanso, medicamentos anti-inflamatórios e, sempre que necessário, uma a três injeções espinhais.
A cirurgia deve ser igualmente discutida após tratamento médico bem conduzido que envolva, pelo menos, uma injeção espinhal. 

Técnicas cirúrgicas

Todas as técnicas cirúrgicas são realizadas com o mesmo objetivo: aliviar a compressão da raiz do nervo. Poderão ser propostas várias técnicas cirúrgicas:

- Discectomia da hérnia discal
O cirurgião remove uma parte pequena ou significativa do núcleo que saiu do disco e limpa-o.
Esta técnica, anteriormente realizada por meio de uma incisão de 10-15 cm na pele, agora é cada vez mais alcançada através de microcirurgia, o que minimiza a extensão da operação.

- Substituição do disco intervertebral
Esta técnica muito mais recente não é praticada em todos os países. Alguns ainda não certificaram a prótese do disco usada.
Apesar de se prever que esta técnica se torne mais disseminada em cirurgias à coluna lombar, a indicação permanece mais limitada para a coluna cervical. Apenas deve ser substituído um disco lombar.

- Artrodese (fusão vertebral)
Esta técnica envolve a fusão de vértebras. É uma operação importante que exige um internamento hospitalar de 8 a 10 dias e o uso de um colete lombar durante três meses após a cirurgia.

Os riscos

Todas as operações cirúrgicas apresentam riscos a curto ou longo prazo:

- Infeção
Apesar de serem mais limitadas em microdiscectomias, as infeções podem ser muito graves após artrodeses.

- Hemorragia
Em particular, aquando da inserção de uma prótese de disco ou durante uma cirurgia de artrodese.

- Dor continuada conhecida como "Síndrome da cirurgia falhada da coluna" (FBSS)
Esta complicação poderá ocorrer independentemente da técnica usada e poderá refletir um diagnóstico incorreto da origem da dor. Também se poderá formar tecido cicatrizado à volta da raiz do nervo, uma inflamação relacionada com a prótese inserida.

- Anestesia
Tal como para qualquer tipo de cirurgia, existem riscos inerentes à anestesia.

Efeitos pós-operatórios

Em muitos casos, a cirurgia irá aliviar a dor de imediato.
No entanto, a pele cicatriza em cerca de três semanas, enquanto o tecido mais fundo demora muito mais tempo a curar.

Independentemente do tipo de cirurgia, é necessário pedir baixa no trabalho, que variará de alguns dias no caso de microcirurgia a, pelo menos, dois meses após uma artrodese.

Nas primeiras três semanas, sente-se preferencialmente em posição vertical para evitar dores lombares (num banco alto, numa cadeira ajustável em altura, etc.).
- Evite sentar-se num sofá ou cadeirão. Use apenas cadeiras rígidas que tenham as costas direitas e não demasiado baixas.
- Deve adotar uma posição sentada reta nas primeiras seis semanas após uma artrodese.
- Para se sentar, comece na borda do assento e deslize as nádegas até ao fundo. Depois, incline-se contra as costas do assento, mantendo os pés firmemente no chão. Tente não cruzar as pernas.
- Não permaneça sentado por longos períodos de tempo.
- Dobre os joelhos para apanhar algo do chão.
- Não carregue objetos pesados nas semanas seguintes à cirurgia.

As nossas recomendações

- A decisão de realizar uma cirurgia deve ser tomada após uma ponderação deliberada, quando todos os recursos a tratamento médico não cirúrgico tiverem sido esgotados.
- Em alguns países, não é habitual oferecer sessões de fisioterapia pré-cirúrgica ou pós-cirúrgica. Contudo, estas sessões são necessárias, desde que sejam realizadas por um profissional experiente.
- Qualquer dor que não possa ser identificada numa tomografia axial computorizada (TAC) ou ressonância magnética que revele um conflito real com uma raiz do nervo deve resultar na suspensão de todos os tipos de cirurgia.
- Se for tomada a decisão de operar, peça uma segunda opinião.
- Não se realiza cirurgia à coluna em adolescentes, exceto em casos de escoliose grave de rápida progressão.

Como é que a MSH International pode ajudá-lo?

Se tiver dores de costas durante um longo período de tempo, não hesite em contactar a nossa equipa médica, que, de acordo com o tratamento já prestado, irá referenciá-lo a um especialista perto da sua área de residência.

Como parte de qualquer pedido de pré-certificação de cirurgia à coluna, a MSH INTERNATIONAL organizará uma segunda opinião com especialistas de renome. Para o fazer, pedir-lhe-emos que entregue um relatório do seu cirurgião que mencione tratamentos anteriores e inclua as imagens de TAC ou ressonância magnética.
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